Pode-se dizer que toda arte marcial vem de práticas étnicas, mágicas, animistas e metafísicas que os antropólogos antes generalizavam como “xamanismo”. São tradições coletivas relacionadas aos problemas da caça, da agricultura, da medicina, da guerra, da religião, da abstração e da normatização social. Quando os reinos de Okinawa se unificaram sob o nome de Ryukyu, o terceiro rei proibiu tanto o porte de armas quanto a prática do Todê, as artes marciais ancestrais do arquipélago. O domínio japonês posterior prolongou essas proibições. Isso ajudou a desenvolver o Kobudô, que treina o uso de ferramentas de trabalho caseiro ou rural para defesa pessoal. As vilas que mais desenvolveram o Todê foram Naha, Tomari e Shuri, e seus estilos se chamaram Naha-te, Tomari-te e Shuri-te, respectivamente. Os dois últimos foram os mais influentes na fundação do estilo Shorin-Ryu. É importante citar que antes do contato com a China, Okinawa já praticava o Tegumi (ou Mutô), um sistema de luta agarrada com projeções, imobilizações, torções e estrangulamentos.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Quais são as práticas ancestrais que deram origem ao Karatê?
Tenho 38 anos e sou brasileiro-espanhol. Sou faixa preta shodan e discípulo, desde 1999, do Mestre Luiz Rodolfo Ortiz, 8º dan de Karate e 5º dan de Kobudô. Minha faixa de Jiu-Jitsu Brasileiro é roxa. Dou aulas de Segunda a Sábado no Dojô CiB em Copacabana. Sou bacharel pela UFRJ e também formado em Ilustração pela Escola Massana da Universidade Autônoma de Barcelona.
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